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COLOPROCTOLOGIA

A coloproctologia é uma especialidade médica que trata das doenças do cólon, do reto e do ânus, tanto clínicas quanto cirúrgicas. Compreende também uma série de procedimentos de diagnóstico, como a colonoscopia, a manometria e a ultrassonografia endorretal.

Doenças e Tratamentos

Hemorroida / Doença Hemorroidária

Hemorroidas são coxins vasculares do canal anal que estão dilatadas e podem ser classificadas em graus de desenvolvimento. Podem causar coceira (prurido), dor e ocasionalmente, sangramentos após evacuações.

TRATAMENTO

O tratamento pode ser de forma clínica, como uso de laxantes, aumento da ingestão de fibras e líquidos, ou de forma cirúrgica. Conforme o grau da hemorroida, é possível tratar com medidas menos invasivas, como a ligadura elástica. Em graus mais avançados o procedimento indicado e a cirurgia.

Abscesso Anal

O abscesso anal é uma cavidade em que se forma secreção purulenta (pus) na região anal ou vizinhança. Em geral, é causado pela infecção de pequenas glândulas existentes no canal anal.

TRATAMENTO

O tratamento mais indicado é a drenagem cirúrgica associado à antibioticoterapia.

Pacientes portadores de diabetes, leucemia e outras doenças que levam à deficiência imunológica necessitam de cuidados especiais pela gravidade e rapidez com que a infecção pode evoluir.

Fístula anal

A fístula anal ocorre frequentemente como resultado de um abscesso que se formou nesta região. A secreção purulenta contida dentro do abscesso é eliminada, naturalmente ou com ajuda de tratamento médico, dando lugar à formação de uma fístula anal, que é o resultado final da cura de um abscesso desta região. A fístula, portanto, comunica a região interna do canal anal ou reto até a pele da região externa do períneo ou nádegas. Não é uma complicação do tratamento e sim uma evolução natural da condição. É um problema que exige avaliação e tratamento especializado para sua cura. Não é sempre que um abscesso desta região produz uma fístula e, por isto, não se pode prever quando um abscesso irá formar uma fístula, podendo ocorrer em cerca de metade dos casos de abscesso anal. Outra causa comum de fístula anal é a doença inflamatória do intestino ou colite. Não raro, as fístulas já formadas podem novamente infectar formando um novo abscesso. TRATAMENTO O tratamento é uma abordagem cirúrgica da fístula com cuidado de poupar a musculatura esfincteriana

Fissura Anal

A fissura anal é uma pequena úlcera linear, um corte ou ruptura do revestimento do canal anal. Essa doença é comum e atinge mais frequentemente os adultos jovens, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. Ambos os sexos são acometidos igualmente. Seus sintomas incluem dor e sangramento.

TRATAMENTO

O tratamento inicial é clinico com banhos de assento com água morna, pomadas anestésicas e dieta rica em fibras associada a prescrição de medicações tópicas especiais que reduzem temporariamente a contratura do esfíncter interno do ânus promovendo a melhora da vascularização local e consequentemente a cicatrização da fissura, nos casos que não respondem ao tratamento clinico são indicadas cirurgia.

Cisto Pilonidal

A origem da doença ainda não está bem estabelecida., todavia de maneira geral, está associada ao início do aparecimento de pelos que vão penetrando entre as nádegas na região próxima ao sacro e a região anal.

TRATAMENTO

Excisão do cisto pilonidal e fechamento ou não da ferida operatória.

No pós-operatório é importantíssimo, até o fechamento total da ferida, promover a higiene local e manter a pele ao redor da cirurgia totalmente livre de pelos.

Prolapso Retal

Esta doença se caracteriza pela exteriorização do reto através do orifício anal. Pode ser um prolapso completo ou parcial.

Seu surgimento é mais frequente nos extremos da vida, isto é, na infância ou na idade avançada. Pode ser causado por vários fatores, geralmente combinados: diminuição da força dos esfincteres anais, alteração da anatomia da pelve por cirurgia, parto ou trauma, constipação intestinal severa

As intervenções podem ser realizadas por via perineal ou por via abdominal. As cirurgias abdominais podem ser efetuadas também por via laparoscópica, em boa parte das vezes. A escolha do tratamento a ser realizado depende de uma série de fatores como idade, condições clínicas, tamanho do prolapso e detalhes da anatomia de cada paciente.

Incontinência anal

 

Incontinência é a incapacidade de controlar a eliminação, pelo ânus, de gases ou fezes de consistência líquida, pastosa ou sólida até o momento desejado.

Varia desde pequenas perdas de gás ou líquido até acidentes de grande monta. Independentemente do volume perdido, o paciente pode sentir-se bastante constrangido e inseguro, o que transforma de maneira substancial sua confiança e comportamento social.

O tratamento indicado inicialmente são as correções do hábito alimentar e das medicações usadas pelo paciente. Os exercícios de recondicionamento do controle anal (biofeedback), apresentam bons resultados. Nos casos cirúrgicos as técnicas disponíveis encontram-se a correção do músculo anal rompido, o reforço da musculatura do canal anal enfraquecida e o implante de estimuladores do nervo sacral.

Câncer Colorretal

Os  cânceres colorretais são frequentes e sua incidência vem aumentando consideravelmente no Brasil e no mundo. Fatores genéticos e hábitos alimentares estão relacionados a esta tendência.   Os sintomas mais frequentes são a alteração do transito intestinal, anemia, redução do calibre das fezes e sangramento através do ânus.   A colonoscopia é o exame padrão ouro para o diagnóstico. Pois além de visualizar toda a mucosa colônica, é capaz de realizar a bióspias para estudo histológico e diagnóstico definitivo. O tratamento de escolha é a colectomia com a retirada cirúrgica do segmento do cólon acometido pelo tumor. Os linfonodos (glânglios linfáticos) pertencentes aquele segmento do colon também devem ser removidos. Este tipo de procedimento cirúrgico é realizado mais frequentemente por videolaparoscopia e está associado a uma baixa taxa de complicação   Na maioria dos casos é realizada a reconstrução do trânsito intestinal, evitando assim a confecção de uma colostomia. No entanto, existem casos nos quais a realização de uma colostomia temporária (quando colocamos parte do intestino preso a pele para que as fezes saiam por este orifício cutâneo) é a conduta mais segura.

Doença diverticular

Divertículos são pequenas saculações (pequenos sacos) que surgem na parede do intestino grosso. Chamamos de “diverticulose” a simples presença dos divertículos no intestino grosso. Estima-se que aos 50 anos de idade metade da população, homens e mulheres, tenha divertículos assim como praticamente todos aos 80 anos. Os pacientes com sintomas devem ser investigados para confirmação do diagnóstico e identificação das complicações, sendo empregados exames laboratoriais (sangue, fezes e urina), exames radiológicos (clister opaco e tomografia computadorizada) e o exame endoscópico (colonoscopia). A principal complicação é uma inflamção/infecção chamada diverticulite e seu tratamento depende da evolução da doença sendo realizado com uso de antibióticos e cirurgia em casos mais avançados.